Referente às fotos onde na praça da Bastille
François Holland estava rodeado de uma multidão com várias bandeiras de paises
árabes e africanos e apenas uma era a bandeira da França. Ao mesmo tempo, no
Trocadéro, Sarkozy estava rodeado de uma multidão carregando apenas a bandeira
da França, aos milhares. François Holland tem três árabes no seu gabinete.
a diferença entre a "poesia da teoria" e a triste realidade é
abismal.
A França é um dos países onde o trabalhador é mais regalado e respeitado no
mundo inteiro.
Vivi lá quatro anos como estudante. Nunca me faltou nada. Já nessa época o
estudante e o trabalhador tinham transporte público quase de graça. Nessa época
os transportes eram bilhões de vezes superiores aos brasileiros de hoje. Só em
Hong Kong vi algo parecido.
Tinhamos bilhetes gratuitos ou quase - para óperas, peças de teatro etc.
Comida balanceada por 1.5 francos nos restaurantes universitários espalhados
pela cidade - e eu nem era francesa, nem se sonhava com a Comunidade Europeia.
As universidades estavam cheias de árabes e negros, principalmente da Costa do
Marfim, Niger e Camarões.
A assistência médica era ótima, talvez o sonho dos brasileiros para o ano
3.000.
Agora, nos dias de hoje, basta trabalhar tres meses, sendo estrangeiro, para
deixar de trabalhar e ter subsídio de desemprego por um ano - Note: mesmo para
estrangeiros. O trabalhador estrangeiro é tratado com os mesmos direitos,
subsídios, bolsas, cursos etc. que um francês.
Agora: os muçulmanos vindos do norte de África ou da região ao sul do Sará
estão abusando. Em lugar de se adaptar aos usos e costumes do país para onde
imigraram querem que o pais se adapte aos deles. Provocam revoltas e já no meu
tempo havia um ataque terrorista - de pequena escala - pelo menos uma vez por
semana, só em Paris. Muitas vezes dentro do metro. A maior parte por argelinos.
São esses quem ataca os judeus que nada têm a ver com Cabala, bancos e
monopólios ou NOM. E mais, no meu tempo (pois agora é muito "melhor")
quase todas as greves da fome - fossem de iranianos e simpatizantes contra o Xá
do Irã, tunisinos contra o regime, marroquinos contra o rei etc. lhes era dado
um lugar espaçoso e arejado dentro de uma instituição do governo, muitas vezes
a Universidade de Vincennes ou outras, onde eles poderiam mostrar filmes sobre
as barbaridades dos respectivos governos. No meu tempo era em Paris que o
ayatollah Khomeini tinha os seus comícios. Todos sabiamos. Quer mais liberdade
do que isso? Nas manifestações de rua, tal como em Inglaterra, os
manifestantes sao protegidos pela polícia - até que esses mesmos se manifestem
contra os que os protegem - o que acontece atualmente.
Com
isto não estou defendendo capitalismos nem socialismos. Nem acredito em qualquer
deles, pois apenas acredito na liberdade individual quando todos forem
conscientes de que a sua liberdade termina onde começa a do vizinho. Sou
"inclinada" ao constitucionalismo (USA).
Porém, eu sei que em França há um grande perigo - a perda do ideal nacionalista
e da cultura. Alguém gostaria que argentinos, bolivianos, paraguaios e tal -
tomassem o Brasil, roubassem a nossa identidade e substituissem a cultura, tal como os chamados Vandalos
tomaram Roma, o que provocou a sua queda?
A infiltração aparentemente silenciosa dos imigrantes em França toma vulto,
principalmente quando um político, como o Holland - como dizem os mexicanos: me
importa um pepino qual seja - para ganhar as eleições se acomoda, ou
seja, vende a si mesmo e seu país aos imigrantes que podem votar e assim ganhar
os votos que os franceses lhe negaram. Porém, esses mesmos imigrantes ou filhos
de imigrantes continuam fieis ao país de origem de seus pais ou à cultura
religiosa a qual acima de tudo e como todos sabemos é puramente política.
Fui casada com um muçulmano tunisino que, tal como eu, era estudante em Paris.
Eu sei do que estou falando. Conheço os dois lados por dentro e por fora. Eu
sei que a França deve colocar os franceses acima de tudo, como o Brasil deve
fazer com o seu povo. Ninguém pode dar o que não tem. Sabemos que há uma dívida
muito grande com os paises colonizados, como a horrenda guerra da Argélia, e o
abuso feito em paises como Costa do Marfim, mas seria muito melhor ajudar esses
paises a se erguerem do que absorve-los, já que pretendem continuar a ser
nacionalistas, não em relaçao à La France, mas a seus paises, mesmo que nunca
aí tivessem ido.
Todos sabemos que essas escolhas são devidas à necessidade de identidade. Em
França eles não se podem sentir franceses, pois carregam a sua cultura desde
que nasceram, o que dividiu a sua individualidade e essência. Isso abala as
suas raizes - "Quem sou? De onde sou?" Então, quando as massas os
chamam imediatamente se identificam e aderem.
Voilà - Maintenant je suis contre la droite.
Algo que vale a pena para me identificar. Algo francês que torno
anti-francês.
Seremos tão ingenuos que não reconhecemos o segundo verdadeiro inimigo por tras
da bandeira do Irak e tal? O fundamentalismo muçulmano - Não esquecer.
Para eles a direita é a malfeitora e causadora da miséria dos paises de seus
pais. Mas já que a França lhes permite estudar em boas universidades de graça,
por que ao terminar os estudos não voltam para esses paises e trabalham para
que seus compatriotas saiam da miséria? Claro que isso é uma loucura,
alucinação da minha parte. O conforto pessoal é muito mais forte e se nesses
paises eles se manifestassem - a polícia não iria protegê-los, como em França,
mas sim atacá-los, prendê-los e quem sabe torturá-los até a morte. La Liberté é
para os franceses, por isso eles ou seus pais imigraram para França, e o problema
é quererem ludibriar as regras e rasgar a ética da liberdade - quando tomam as
rédeas de direitos a que não têm direito.
Porquê? Porque na verdade ils s'en foutent de la France. (Não dão a mínima pela
França)
A minha pergunta é: as fronteiras existem, é uma realidade. Então por que será
que no nosso lirismo social e quando nos convem queremos destruí-las?
O meu ideal, naquele planeta onde eu gostaria de viver, não há fronteiras. Nem
francesas, nem americanas, brasileiras ou sudanesas. Contudo, é preciso ver que
nesse mesmo planeta todos seriam educados, seus ideais seriam elevados e a
identificação de cada um seria com algo dentro de si, mas que também seria
muito maior do que eles. Todavia, a realidade é que neste planeta Terra, (que
talvez um dia chegue a ser como o do meu ideal - quem sabe? Eu sou muito
otimista e até penso que tenho bases para isso) a consciência da maioria
ainda é precária, pobre, vulgar e primitiva. Sejamos nós de direita ou de
esquerda.
Dizendo tudo isto, não estou defendendo o ideal de ter seja quem for por
presidente da França. Quem sai ou entra tanto me faz e seria muito ingenua se
pensasse que por tras de François Holland há alguma força diferente da que
esteve e continua estando por tras de Sarkozy.
Como pode alguém que sabe o que se passa no mundo como a ação da Nova Ordem
Mundial, dizer que um filho de um agente da CIA - que nem era agente diga-se de
passagem, submete a França aos Estados Unidos? Todos vimos e ouvimos que
Holland ou Sarkozy se tivessem de submeter-se a algo seria à Alemanha, mas
acima de tudo aos dirigentes da Comunidade Europeia, ou seja à NOM, e é bom
notar que as cúpulas mais altas são inglesas e tal. Quem ainda continua
mandando no mundo é a Inglaterra, através da família real europeia, principalmente
da Dinamarca, que aparentemente não têm poder, assim como os Morgan, Rothschild
e alguns outros como os americanos Rockfeller e Bush.
Para quê tanta animosidade contra os Estados Unidos? Acha que todos sao agentes
da CIA? O povo americano é generoso, alegre, bom, trabalhador como mais ninguém
e estudioso. Mas é um pais imenso. Sao quase 300 milhoes de almas de todas as
raças e religioes.
Há os republicanos e os que votam nos republicanos - uma grande diferença. Eu
sou americana e tenho orgulho nisso. Amo aquele pais. Detesto a política,
principalmente a republicana, mas eu sei que por trás de democratas ou
republicanos está a mesma força que comanda a Europa. Só para assuntar, também
sou europeia, tenho os dois passaportes... Eu vivi, comi e bebi política de
manhã à noite. Em Portugal fui comunista, em França trotskista e ambas
vertentes me ensinaram a abominá-las.
Nos Estados Unidos eu vivia em cima de tapete vermelho, meu ex-marido era
economista do Banco Mundial - o inimigo!!!
Não, não dei em doida, sou mais equilibrada do que a maioria e aprendi muito -
No frigir dos ovos foi para isso que nasci - aprender e passar esse
conhecimento. O que aprendi? Isso dá um livro... mas quanto a partidos
políticos - uns são mais requintados em maneiras e palavras ou instintos de
malvadez, outros mais rudes e populares, mas no fim: "vira o disco e
toca o mesmo..." É por isso que o Brasil não tem oposição, só nominal e o
que seria "esquerda" é burguesia pura. O Brasil de esquerdismo só tem
corrupção e nomenclatura.
"Engodo" é a palavra certa para os que acreditam nas palavras dos
políticos. Eles apenas querem votos, nao importa de quem. Depois? Muitos
sao uns vendidos, preocupando-se com as próximas eleições, para finalmente
descansar na abundancia, no poder e no prestigio.
Infelizmente acredito que Holland só vai ajudar o fundamentalismo muçulmano a
aumentar e sabe qual o maior perigo? Com isso também aumenta o nazismo. Olhe a
Grécia.
Todavia, para bem de todos nós, eu também não acredito que a História continuará
de uma forma linear. Você comunga das mesmas ideias e ideais que eu, por isso
tanto estreitamos a nossa amizade, pois nao é comum encontrar uma pessoa como
você, Oilson.
Algo vai acontecer e a Humanidade entrará brevemente em outro caminho mais ao
nível do meu planeta quinquadimensional. Eu sei. Então, Bush, Holland ou
Elizabeth II e Co. Irão fazer inferninho noutro planeta menos evoluido do
que o nosso - metáfora ou...
Ah... se alguém perguntar porque estou no Brasil e não nos States... Well, primeiro
porque meu marido é catarinense, depois porque saí no tempo do Bush - que eu
abominava e que dividiu o país, depois porque eu queria viver em um lugar
tranquilo para escrever. Talvez volte em 2014, quem sabe? Mas se ficar por aqui
é porque também gosto muito deste país e dos meus amigos.
Talvez muitos não entendam: eu posso ter muitos passaportes, contudo, na
realidade sou apenas um grão de poeira deste universo, entalada no sistema
solar - mais propriamente numa ilha algures no Atlântico do planeta azul e
triste... cujos habitantes vivem dentro do cubo do medo.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
domingo, 1 de julho de 2012
Sobrevivendo
Elefantes de outras dimensões
voam leves neste sonho.
Ondas arremetem pesadelos de pulgas.
Soldados trajam gaze azul.
Atravessam corpos de aço.
Da terra germina imaculado coração.
Sou tua, tão tua, tão dementemente tua.
Na alma que pesa e na arma que voa,
te canto sem amargura; ilusão transplanto.
voam leves neste sonho.
Ondas arremetem pesadelos de pulgas.
Soldados trajam gaze azul.
Atravessam corpos de aço.
Da terra germina imaculado coração.
Sou tua, tão tua, tão dementemente tua.
Na alma que pesa e na arma que voa,
te canto sem amargura; ilusão transplanto.
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