O nada ecoa
Em dimensões desertas
Outro universo renasce.
Gases minérios perfumam estrelas
Galáxias voam a seus pés.
Ínfimos deuses entre cometas.
Ferros em brasa marcam os tempos...
Grutas de demônios e ninfas
Trafegam certezas e ódios.
O tempo escorre na beira do céu
O azul grão de mostarda supera ruína.
Na agonia, a Deusa canta mudança.
Novos sonhos de outros mundos
a roda param.
De pés para cima a Terra em ânsia...
Morrem mentirosos deuses
dos homens espelhos.
Mágicas esperanças fluem sementes.
Novos impulsos permeiam gentes.
A alma desabrocha livre
A Deusa Amor transforma e persiste.
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