Armando querido,
Não lembro fraquezas nem falhas
Lembro de um nobre amigo,
E vontades com garras.
Lembro do amor tantos inspirando,
Lembro de um lar cheio de paz,
Lembro de viagens me ensinando
Até a gostar de jazz...
Lembro a veemência e a decência,
Dos risos e das partidinhas, como eletricidade em pó...
Do orgulho da minha inteligência
Da bruxinha, nome que me dava o teu gogó...
Partiste, talvez já tenhas reencarnado,
Perdoa, não sou médica nem bailarina,
Discussões que te faziam encarnado,
Ser eterna estudante foi a minha sina...
Obrigada pai pelo pouco que foi tudo,
Mas saibas que muito amei, tanto...
Aqui me preparo para um encontro (?)
Nunca te desapontei, não sem muito pranto...
A minha sombra tem sido dignidade,
O meu ensejo humanidade,
Injustiça a minha revolta,
A luz, sempre sentir-te à minha volta.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
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