Olhos refletindo infinitos,
invisíveis,
poderosos,
desenfreados,
ardentes,
que irrompem
desmedidos
no teu ser.
Boca faminta
de língua,
de essência,
de alma
de força.
Ouvidos sequiosos da palavra,
do poema,
da água murmurando
do teu ventre desejando.
Narinas secas do aroma
tão profundo,
adocicado,
viril e criativo
da seiva
dessas raizes...
Mãos tateando o ar,
esculpindo corpos decorados
acariciando paredes
veludos,
prados.
Desejos abrindo janelas,
indefinidas em seus cantos,
cabelos voando em ventos
e desencantos.
Estruturas mortas,
substâncias secas,
palavras vãs
frívolas carências,
são os ecos
que te corroem sem descanso.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
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