segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sem corpo só alma.

Esta tristeza na chuva banhada,
ainda procura o sol intocável.
Só letras sem ilusões,
poderiam ainda ribombar vulcões.

Se ele cantasse, se ele sorrisse,
se ela não mais sonhasse,
se a rima impetuosa
ainda embalasse...

O sonho morreu,
mas a alma é vida,
Se ele a amasse,
na noite perdida...

Sem matéria, sem toque,
sem querer estar,
apenas ser
e a alma dar.

Contentando a mente,
o cerne do amor,
ela queria viver sem dor.

Palavra ensolarada,
de um sol etéreo,
longe e presente
real e aéreo,
bombardeando
energia incoerente
deste amor profundo
quase inocente.

Jamais a chuva mergulharia na terra,
a terra não beberia o maná,
mas a alma que se funde
a solidão enganará.

Para sempre longe,
correndo na ponte efêmera
ela deseja uma quimera...

Palavra sentida, profunda na dádiva
ela aproxima a montanha sem escada.
Ele paira no pico desmedido,
ela espera um amor perdido.

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