quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Au-delà


No meu batel
corto ondas de areia
bebendo lágrimas de lua cheia.

Asas curtas
de gigantes adormecidos,
criam raízes

Despertei rindo.
O universo paralelo
era o revés do seu abrigo.

Un don de voyance qui pèse...
falando de mundos incógnitos e desejados,
Onde ele não está nem acredita,
mas ainda creio que merece...


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Altar

Deuses incógnitos

Ferem Gaia.

Confessam sangue,

Macabro anjo arde águas,

Oferece carne triturada na lama.

Quem?

Galopando asteróide incerto

Paro o tempo.

Aprendo o céu,

Irreverente pergunto...

O Criador é outro universo.

Sou

Deusa sem céu,

Cama sem espuma

Sangue sem cor.

Demo sem gênero.

Castelo intransponível,

Sem cisternas,

Sem vigias,

Fundado em pernas de gaivotas.

Seria

Os lobos uivam ao mar

Apogeu no arco

Do invencível.

Fui seria sou

A pedra do rio

A amora do gelo

Orvalho do deserto.

Ele mudo e surdo

Queria carne

Onde aço fremia.

Fui

Naquela outra vida

Mandala

Esparramada no Amazonas

Minha deusa

Segurava uma espada

E um coração que feria.