quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz novo ano

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Encerra-se mais um ano em sua vida...


Quando 2010 começou, ele era todo seu.
Foi colocado em suas mãos...
Você podia fazer dele o que quisesse...

Era como um Livro em Branco, e nele você podia colocar um poema, um pesadelo uma blasfêmia, uma oração.

Podia...
Hoje não pode mais; já não é seu.
É um livro já escrito...
Concluído.

Como um livro que tivesse sido escrito por você, ele um dia lhe será lido, com todos os detalhes, e você não poderá corrigi-lo. Estará fora de seu alcance.
Portanto,
Antes que 2010 termine, reflita, tome seu velho livro e o folheie com cuidado.
Deixe passar cada uma das páginas pelas mãos e pela consciência;

Faça o exercício de ler a você mesmo.

Leia tudo...

Aprecie aquelas páginas de sua vida em que você usou seu melhor estilo.
Leia também as páginas que gostaria de nunca ter escrito.
Não, n
ão tente arrancá-las.

Seria inútil. Já estão escritas.
Mas você pode lê-las enquanto escreve o novo livro que lhe será entregue.

Assim, poderá repetir as boas coisas que escreveu, e evitar repetir as ruins.
Para escrever o seu novo livro, você contará novamente com o instrumento do livre arbítrio, e terá, para preencher, toda a imensa superficie do seu mundo.
Se tiver vontade de beijar seu velho livro, beije-o.
Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele e, a seguir, coloque-o nas mãos do Criador.
Não importa como esteja...

Ainda que tenha páginas negras, entregue e diga apenas duas palavras: Obrigado e Perdão!!!

E, quando 2011 chegar, lhe será entregue outro livro, novo, limpo, branco, todo seu, no qual você irá escrever o que desejar...

(não sei o autor)

FELIZ LIVRO NOVO!!!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Eternamente incompleta...

Quando se sabe que só há um encaixe,

Mesmo deslizando entre pérolas e sedas,

Nada, nem a imensidão do sempre, entrelaça a exata renda.

Neste mundo escolhido a alma cresce, mas não tanto...

Neste paraíso procurado há paz , mas sem requinte,

Nesta riqueza que provoca inveja alguém é pedinte.

A noite tranquila está enrolada em pilhas de razão...

Na madrugada voa uma cortina sem melodia.

Na alvorada o corpo arrefece de solidão.

A paz o sopra, o amor o abraça,

A harmonia o envolve na prata da lua,

Ele nada sente, envolto na tortura da resignação.

Nem um pingo de esperança atravessa o tempo.

Nem um raio de vontade encolhe espaços,

Mas ela ainda pode salvar a alma de soldados rasos...

CEGUEIRA

Num abraço sereno o envolvo,

Transmito-lhe sonhos de além vida,

Neste agora a alegria não lhe foi permitida...

Todos os natais e carnavais a mesma ladainha...

Sempre pernoitando com destronada rainha,

Sem tremor, integração ou paixão.

Atravessando a vida sem transformações,

Alimentando o pó de colchões,

A alma morre sem acordes ou hinos.

De mãos dadas, conversando temas vivos,

Entranhando ideais de superiores vontades

Ele conheceria as invejadas liberdades...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Teria ele salvação?

Queria dar-te o meu sangue,
a minha alma, a minha essência.

Queria ir além deste universo,
além de deuses, além do tudo e da quimera.

Queria rolar na estrada dos teus caminhos,
em pétalas transformar todas as pedras e espinhos.

Mas, além do mais queria salvar-te,
de ti mesmo e de tuas teimosas e cegas crenças.

Queria uma transfusão de benefício,
Queria amar sem desperdício...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Carne fraca

Diagóstico: pneumonia!
Ultrapassei o limite,
abusei, imortal me julguei.

Poesia,
imortal só no papel.
leio, de outros o fel.

Mares estagnados,
rios sem fauna,
sereias comem cardos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ciclo da loucura

A vida passa,
eu no meio do infinito,
recolho tesouros e me minto.

A vida dói,
o corpo ardente,
ele abraça delinquente...

A vida corre,
a alma ri,
ele esqueceu de mim.

A vida acaba,
ele perdido na escuridão,
ela corre para lhe dar a mão.

O sonho volta, agora noutra dimensão...
Que idiota!!!! Perdeu a razão...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Incomum?

Ele ama em vertigem
medroso do desconhecido...
como se tivesse sido abusado e ela fosse virgem.

Amo-te como antes.
Quero-te como és,
teu paraíso equidistante.

Num tempo longíquo,
depois das estrelas,
falaremos de alegrias e penas.

Aparentes opostos,
misticamente equilibrados.
Na hora do fim balanceados.

Sentados no universo,
riremos deste agora.
A eternidade não irá embora.

Amo-te do meu jeito,
com força e ternura.
Dosando a paixão e sem frescura.
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