segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Vala comum

Estradas desertas até de pó,
vinhedos verdejam sem sol,
cidades em ruínas, sem lápide.

Ela caminha sem medo e riso,
passos ardentes e sem destino
alma sem sonhos, olhos sem procura.

Nada, nada... a esperança morreu.
o brilho da estátua escureceu,
a angústia segue uivando.

Não há fé, otimismo ou crença,
não há riqueza nem pobreza,
na alma que foi incinerada.

Transmutações nada mudam.
Valas, vultos, genocídios,
palavras sem significado.

Vidas sem sentido,
amor nunca amado
escarnecido, vilipendiado...

Chora querendo perdoar,
mas a humana condição,
só vê um palhaço a desdenhar.
.

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