sexta-feira, 11 de março de 2011

A terra move a alma canta

Japão, gloriosa terra.
Civilizada, desencantada.

Prevista ainda para hoje
mais tragédia

O fim da estabilidade,
a Terra mostra seu poder.

A desejada mudança
contrai outro nascer.

Montanhas rochosas, Andes
precisam seus picos espreguiçar...

Tocando o céu a Terra mostra
ser um organismo vivo,
cheio de magnetismo...

Em nós também...
renovar, renovar...
A consciência deixará de ser refém.

Mãe, Divina Mãe...
deste universo de caos e ordem.
Que a consciência saia da desordem
e encontre outro além.

Mãe,
não importa se morro ou sobrevivo,
muda, transforma este povo
aparentemente tão malígno...

Que as convulsões intenas
revolvam as cavernas
de almas sem objetivo.

Sim mãe, que os polos virem,
que o equador gele,
mas que os conceitos se enterrem.

Eu tenho uma pá imensa,
um túmulo do tamanho do mundo.
O cimento mais duro.

Enterro o passado,
e em um canto fúnebre e irado
gorgeio na pena da Fênix.

Destrói Mãe, destrói,
renova, cobre de água a terra mal pisada.

Que outra Eva ame outro Adão
que já sem vergonha do que são
comam todos os frutos de um céu sem deuses.

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