quarta-feira, 13 de abril de 2011

Crônica 2 – Olha só...

Maya e Tomé foram visitar a avó. Chovia muito, mas era bem pertinho. Ela tinha telefonado avisando que o bolo de chocolate acabara de sair do forno. A casa da avó era bem antiga e cheia de recantos e escadas, ótima para brincar. Quando os dois irmãos chegaram ouviram um ruído, depois outro, outro ainda e um rio de água entrou pela casa levando móveis e paredes. A avó ainda conseguiu agarrar o braço de Tomé e arrastá-lo para uma plataforma poupada pela água. Mas Maya ficou ilhada, em cima de uns escombros com água correndo por todo o lado. A vovó só chorava. Maya tinha de sair dali, mas como? Na mesma plataforma onde estava Tomé, ficou presa uma escada de alumínio. Tomé pediu a vovó para ajudá-lo, e conseguiram atravessar a escada até o monte de escombros onde estava Maya. “Caminhe na escada.” Gritava Tomé. Mas Maya tinha medo. “Suba Maya, você consegue.” Maya continuava sem se mexer. Então a avó, que até aí só tinha tido medo, entendeu que o medo só atrapalha e disse: “Maya, venha já, neste momento nem os anjos a salvam, só você com a sua coragem.” “Venha Maya, você pode, o medo só atrapalha. Acredite” E não é que Maya atravessou a escada e logo o monte de escombros de onde ela saíra foram levados pela água... mas ela estava salva. Depois de uns dias Tomé e Maya escreveram um poema, “Não tenha medo não... não existe bicho papão...” A mãe compôs a música. A vovó tocava piano.

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